"O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade..."
"O melhor do namoro é quando acaba... É poder olhar com bons olhos aquela pessoa que você passou a odiar tanto.
O melhor do nó é desatar. Bom é se entender. Não que eu queira tudo pronto, mas o silêncio é um alívio. E a melhor coisa do melhor dia da sua vida é quando chega a hora de dormir..." (Pedro Rocha)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Ator e o Ato Teatral


-De frente para o espelho maquiando-se lentamente. Começam a colocar o figurino bem devagar, peça por peça; observando todos os detalhes interiores e exteriores.
A pulsação já não é mesma, fazemos uma viajem com nossos pensamentos á vida dos nossos personagens, e o que faria-mos no lugar deles. Neutro e com muita calma ele vai surgindo ganhado espaço, formas, vida.
Com um objetivo forte nas circunstâncias propostas, entrelaçamos pensamentos entre seu mundo e o nosso mundo, que é um só.
Foco o olhar em um ponto, lançando contra ele variados tons, textos sussurrados que ocupa todo o espaço.
A voz vibra como nunca, o sangue corre como nunca, seguro como nunca começo agir e pensar como ele.
Caminho ate o palco, fico alguns minutos em silencio, busco o equílibrio a neutralidade e a concentração. 
Começo a ocupar todo o espaço com vários focos, passos firmes e rápidos alcançando o limite máximo, paro no centro do palco, deito-me no chão, controlo minha respiração que palpita por um suspiro e outro...
Absolvo toda a energia que flui em todo o espaço.
Estar vazio, neutro, está vazio!
Levanto-me, o suor escorre pelo rosto o olhar transforma-se, o corpo fala, é a pura presença do outro. Momento de muita tensão e leveza é a força impulsionando a ação física e psicológica no estado interior de criação. 
É ela a persona ganhando vida, personalidade, desejos sonhos e movimentos.
Ato de definição do oposto ou do parecido, do próximo, do distante, da criança e do idoso.
Logicamente definido o encontro do ator e seu personagem, agindo com uma fé inabalável em todo o espetáculo jogando com os outros personagens, com o seu publico... Ardendo por dentro transmitindo novas vibrações que se reúnem causando outras impressões e percepções lógicas.
Por trás da mascara ouvi e observa tudo. Ausente, oculto presente, jogam entre si; traduzidos em uma bela arte cênica. Convencendo todos da realidade do espírito humano, o espetáculo acaba todos de pé, aplaudem sem parar, e todo o elenco agradece.
As cortinas se fecham, nada fica a não ser a memória de quem viu, e mesmo assim essa memória tem vida curta.
E assim vivo feliz com meus tantos personagens, onde o único que temo é a mim mesmo.


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